terça-feira, 14 de julho de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Arquitetura | DE VOLTA!

Tentando voltar a ativa enquanto passo muitas noites em frente ao computador tentando terminar o bendito TG!
E volto com trechos de uma crônica maravilhosa que li hoje sobre o que acontece com o Recife (leia-se também, sobre as "Recife's Twin Towers", que esperam por um Bin Laden).


Deus nos acuda
Se aqui recorro a Deus, ao Deus Pai, que os fiéis creem único e todo-poderoso, o faço por absoluto desespero, por falta de a quem mais recorrer. Já reclamei a prefeitos e vereadores do Recife. Ao vivo e por escrito. Já fui aos tribunais. Gastei meu latim. E algum dinheiro do pouco que tenho. Em vão. Por isso, recorro a Deus. Quem sabe, Ele, magnânimo, nem ligue para o fato de eu, pobre mortal, não Lhe crer na etérea existência e nos acuda, abrindo os ouvidos e as mentes, sobretudo as mentes, dos que governam esta cidade.

O que se passa com o Recife? Onde estará a sua tão decantada e histórica capacidade de se insurgir e reagir? Onde está o Recife mascate? O Recife das revoluções libertárias de que fala Manuel Bandeira? O Recife guerreiro, insurreto e confederado?

Hoje, há quem desfigure nosso patrimônio arquitetônico e histórico, tratando-o como se fosse um mero outdoor. Os edifícios da Avenida Guararapes — símbolo do Recife — estão sendo pintados com as cores publicitárias dos seus inquilinos. E há quem esteja propondo uma lei para que todos os imóveis públicos estaduais sejam pintados com as cores da bandeira de Pernambuco. E os municipais, com as cores das bandeiras das respectivas cidades. Não falta mais nada.

E aí? Vamos assistir a tudo isso parados, sem fazer nada? Ou vamos deixar pra reclamar quando não tiver mais jeito a dar? Podemos, também, mudar o nome do Recife para Disneylândia. E chamar o Pateta pra morar aqui.

Ruínas podem ser dignas. Agora, o que se está fazendo com o Recife não tem dignidade alguma.


Precisa dizer mais alguma coisa?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Música | Little Joy

Pessoas,

para quem tem saudades do Los Hermanos, pode ouvir Marcelo Camelo em seu cd SOU já fazendo sucesso por ai e o admirável Amarante com a sua banda Little Joy, que é formada com Binki Shapiro e Fabrizio Moretti, baterista do The Strokes. É um rock bem de leve, que lembra um pouco o gingado dos Los Hermanos e a batida dos The Strokes.


No MySpace deles já dá pra dar uma conferida em três músicas!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Zé Estelita

"A Moura Dubeux e Gerson Lucena convidaram a Queiroz Galvão para ser parceira nas obras do terreno no cais José Estelita, dentro do projeto Novo Recife, um novo e moderníssimo bairro na cidade. Um, dos destaques será um edifício empresarial inteligente com 50 andares, o mais alto do país. E mais 10 edifícios residenciais na linha do Evolution, dois flats, áreas comerciais. Os atuais armazéns serão preservados e modernizados, dentro da linha do Amazém das Artes de Paris. O gigantesco projeto terá também a parceria do governo do estado e Prefeitura do Recife."

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Arquitetura | Esquisitices


O site Village of Joy fez uma seleção dos 50 edifícios mais estranhos do mundo. Vale a pena conferir aqui!


Não concordo com essa lista, pois tem alguns que são muito bons. E mais estranhos do mundo? Existem outros que mereceriam entrar na seleção.


Essa discussão merece uma lista dos mais estranhos do Recife!!!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Segurança

Segurança - Luís Fernando Veríssimo

O ponto de venda mais forte do
condomínio era a sua segurança. Havia as belas casas, os jardins, os playgrounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.

Mas os assaltos começaram assim mesmo. Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas.
Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto. Nos quatro lados. As inspeções tornaram-se mais rigorosas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês.

Mas os assaltos continuaram.


Decidiram eletrificar os muros. Houve protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. Quem tocasse no fio de alta tensão em cima do muro morreria eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar.


Mas os assaltos continuaram.


Grades nas janelas de todas as casas. Era o jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta tensão, e as patrulhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, erguida dentro do perímetro não conseguiriam entrar nas casas. Todas as janelas foram gradeadas.


Mas os assaltos continuaram.


Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível. Dois assaltantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca. Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das saídas.
Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização expressa da guarda, que não queria conversa nem aceitava suborno.

Mas os assaltos continuaram.


Foi reforçada a guarda.
Construíram uma terceira cerca. As famílias de mais posses, com mais coisas para serem roubadas, mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima.
E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos. E ninguém pode sair.

Agora a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua.


Mas surgiu outro problema.

As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade.


A guarda tem sido obrigada a agir com energia.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Edifício JK vai à leilão

O edifício Juscelino Kubitschek (JK), antiga sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), irá a leilão público no próximo dia 30. Essa é a terceira vez que o prédio é posto a venda desde a sua desativação, no final de 1999. Nas outras tentativas, ambas em 2000, não houve interessados pela compra. O imóvel fica na Avenida Dantas Barreto, no bairro de Santo Antônio, e tem área construída de 20,5 mil metros quadrados, divididos em 20 pavimentos. O lance mínimo é de R$ 3,63 milhões. O aviso da licitação foi publicado no Diário Oficial da União e no Diario de Pernambuco de ontem.

Para concorrer ao leilão público, o interessado deverá pagar à Caixa Econômica Federal caução de R$ 181 mil, correspondente a 5% do valor mínimo, até um dia útil antes da data do recebimento das propostas. "O prédio tem uma estrutura excelente. Pode muito bem ser usado para fins residenciais ou para a instalação de uma universidade. Os problemas do imóvel são apenas hidráulicos e elétricos", disse o diretor técnico do setor de patrimônio do INSS, Francisco Bartolomeu.

Fonte: Diário de Pernambuco, Caderno Vida Urbana, 08/10/2008

Será que vem por aí mais algum golpe da Moura Dubeux? hahaha... acho q não né!? mas do jeito q eles tão querendo chegar no Centro... Zé Estelita, Cais de Santa Rita... o próximo passo nunca se sabe... o JK é tombado? É bom que tombem, antes q a MD o tombe.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Outro mundo


Projeto do escritório australiano Woods Bagot Architects consumirá 500 mil m³ de concreto, tornando-se a estrutura mais alta do mundo.

O sultão Ahmed bin Sulaim, presidente do consórcio Dubai World, apresentou o projeto de construção de uma torre de 1 quilômetro de altura em Dubai durante a abertura do Cityscape, evento de Real State no Emirado Árabe. O edifício recebeu o nome de Nakheel Harbour and Tower e será o centro geográfico do projeto New Dubai - que também abrangerá residências para 55 mil pessoas e escritórios para outras 45 mil em uma área de 270 hectares. Para isso, serão investidos cerca de US$ 38,12 bilhões. O arranha-céu terá uma única estrutura para comportar quatro torres distintas. O empreendimento será erguido no bairro de Jebel Ali e terá mais de 200 pavimentos e 150 elevadores. Apesar de sua suntuosa altura, o projeto ainda perde para o da Mile High Tower, de 1,6 km, que deverá ser executada em Jidá (Arábia Saudita) e terá seu projeto revelado ainda em outubro.Calcula-se que o Nakheel Harbour and Tower consumirá 500 mil m³ de concreto, tornando-se assim a estrutura mais alta do mundo. Apesar disso, os investidores afirmam que considerarão aspectos sustentáveis, embora não os tenha especificado. O projeto é do escritório australiano Woods Bagot Architects, que já assinou diversos empreendimentos em Dubai, entre eles: Ashurst, Bin Suloom Tower, Burj Dubai Residences, Centro Financeiro Internacional de Dubai, Emirates Towers e o arquipélago Oqyana - que representa a Austrália e a Nova Zelândia no conjunto de arquipélagos artificiais do projeto Ilhas Mundo.


Fonte: Piniweb

"O futuro está na superfície"

Entrevista com Jaime Lerner sobre o futuro (e/ou presente) do problema da mobilidade nas grandes cidades.

O urbanista e ex-governador do Paraná Jaime Lerner, 70 anos, quebra uma das certezas dos debates eleitorais: o futuro das grandes cidades brasileiras não está no metrô. Em vez de procurar respiros no subsolo, Lerner propõe a redescoberta da superfície, a integração dos sistemas de transporte.

"Planejar é uma trajetória", avisa aos apressados. Em entrevista a Terra Magazine, o administrador que transformou Curitiba em uma das referências do urbanismo contemporâneo avalia o presente e o futuro das cidades. Para Lerner, vencedor do prêmio das Nações Unidas para o meio ambiente, a mobilidade, a sustentabilidade e a coexistência são as idéias norteadoras do planejamento das metrópoles. Atualmente, ele é consultor da ONU para assuntos urbanos.

- Acredito que a gente consegue transportar em superfície um número de pessoas em tão grande quantidade, e em melhores condições, que um metrô. Só que a superfície precisa ser repensada. Temos que metronizar a superfície. São Paulo já errou três vezes e vai continuar a errar enquanto achar que a solução é só colocar a pista exclusiva - critica.

O ex-prefeito de Curitiba, que já presidiu a União Internacional de Arquitetos, analisa as alternativas para o Rio de Janeiro. Não assume um olhar fatalista sobre a criminalidade nas favelas, antes indica a capacidade de interagir do carioca - na praia, nas ruas, nos morros - como um dos elementos fundamentais para superar os conflitos provocados pelo tráfico de drogas.
- A droga complicou todas as cidades do mundo. Mas a cidade de melhor qualidade de vida é mais segura. A cidade que cuida melhor da mobilidade, da sustentabilidade, da coexistência, ela já é, em si, menos violenta. Agora, o problema da droga é um componente novo nessa história.
Lerner opina também sobre os choques das cidades modernas com o patrimônio histórico, a exemplo de Salvador e do Rio de Janeiro.

- Você não rasga o retrato de família, mesmo que você não goste do nariz de um tio. Porque esse retrato é você mesmo. A cidade é como um retrato de família.

Leia a entrevista:
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3237679-EI6578,00-Jaime+Lerner+O+futuro+esta+na+superficie.html

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Moura Dubeux compra galpões da RFFSA por R$ 55,4 milhões

A construtora Moura Dubeux, o mesmo grupo imobiliário que conseguiu aprovar na Prefeitura da Cidade do Recife de João Paulo a construção de Duas Torres gêmeas no Recife Antigo, acaba de ganhar em São Paulo o leilão para a venda dos galpões da Rede Ferroviária Federal no Cais José Estelita.

O valor pago foi de R$ 55,4 milhões, pouco acima do valor de partida.

O Blog de Jamildo já adianta: a empresa vai tocar ali um projeto misto, que envolve torres comerciais, residencial e também hotéis.

A empresa também já tomou a decisão de chamar os técnicos que trabalharam no projeto Recife Olinda para ajudarem na elaboração do projeto.

O governo do Estado também será comunicado das pretensões, com o objetivo de anular a ameaça pública feita (aqui no Blog de Jamildo) de não ajudar quem buscasse licenças, em função da intenção inicial de fazer ali um centro administrativo.

A notícia não deve surpreender o mercado imobiliário, pois, em uma de suas edições recentes, a revista da Ademi coloca o projeto em evidência com uma série de edifícios na área.

Fonte: Blog de Jamildo